Um Cupê de Sucesso nas Ruas e Pistas
Na década de 60, a BMW (Bayerische Motoren Werke AG) produzia em sua fábrica de Munique, Alemanha, os modelos 700, e sua arrancada para o sucesso começou em 1961 com este modelo sedã quatro portas chamado de Neue Klasse (nova classe) 1600, 1800 Ainda o modelo 2000 CS e o cupê 3200 CS com motor V8 dianteiro. Mas o sucesso do novo cupê começaria em 1968 com a carroceria baseada no 2000 CS abaixo.
Tinha ótima área envidraçada, ótima visibilidade, neste cupê com 4,66 metros de comprimento, 1,67 de largura, altura de 1,37, entre-eixos de 2,62 metros e peso de 1.400 quilos.Sua carroceria monobloco era em aço estampado.Era fabricada pela Karmann. A empresa foi fundada em 1874 em Osnabrück, na Alemanha, por Wilhelm Karmann. E fez durante décadas várias carrocerias para diversas empresas de marcas importantes . O novo BMW seria batizado como geração E9. O modelo de entrada era o 2800 CS.
O CSI tinha motor dianteiro, longitudinal, com seis cilindros em linha, era arrefecido a água. Tinha 2.985 cm³, virabrequim com sete mancais e taxa de compressão de 9,5:1. Bloco e cabeçote eram em liga de alumínio e seu comando de válvulas ficava no cabeçote. A alimentação a partir de 1971 por uma injeção eletrônica da marca Bosch. Daí sua identificação como CSI. Sua potência era de 200 cavalos a 5.500 rpm. Seu torque era de 27,7 mkg.f a 4.300 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos e sua velocidade máxima era de 220 km/h. Abaixo a versão CS com dois carburadores da marca Zénith.
Um de seus concorrentes na Alemanha era o Porsche 911 (saiba mais) . Mas tinham clientela diferente. Na versão CSI contava com spoiler dianteiro e um pequeno aerofólio traseiro.
E a assinatura de Emerson Fittipaldi que foi o primeiro proprietário deste "BM"
Sua tração era traseira e sua caixa de marchas tinha quatro velocidades com diferencial autoblocante a 25%. A caixa automática era opcional. Tinha suspensão dianteira tipo McPherson com triângulos inferiores, molas helicoidais e amortecedores coaxiais com limitadores de curso em borracha. Também barra estabilizadora na frente e atrás. Mas atrás era independente, com braços oscilantes e amortecedores coaxiais com limitadores de curso em borracha. Seus freios eram a disco nas quatro rodas e tinha direção assistida. Usava pneus na medida 195/70 VR 14.O modelo verde claro nesta matéria está equipado com rodas BBS. A empresa foi fundada em 1970 por Heinrich Baumgartner e Klaus Brand iniciais dos fundadores.
Abaixo o painel de 3.0 CS. Muito completo e bem acabado com couro e madeira de ótima qualidade. Da esquerda para a direita marcador de temperatura do motor e nível do tanque de combustível. Ao centro velocímetro graduado a 240 km/h e conta-giros a 8.000 rpm cuja zona vermelha começava aos 6.000 rpm. Os bancos e forração das portas tinham couro de ótima qualidade. Podia levar até quatro passageiros.
Existem poucos exemplares no Brasil. E no exterior sua cotação é alta principalmente para os modelos CSI e CSL. Por causa da crise do petróleo em 1973 foi fabricada uma versão 2.5 do CS com 150 cavalos lançada em 1974. Não teve o sucesso esperado.
Foram produzidos 8.142 unidades do CSI entre 1968 e 1975. Cerca de 30.000 da série E9
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Nas pistas
Para competir, a versão 3.0 CSL chegava a ter potência de até 500 cavalos. Competir até 1976, inclusive com turbo. Recursos aerodinâmicos, como spoilers e aerofólios exagerados ou não , explicam seu apelido Batmóvel. Como ao menos 500 unidades deveriam ser de rua para ele ser homologado para corridas, a BMW os vendia como kits para serem instalados se o dono quisesse. Na foto uma versão Alpina a frente de um modelo BMW 635.
Em 1977, na famosa corrida francesa 24 Horas de Le Mans, os pilotos francêses Hervé Poulain (leiloeiro francês) e Marcel Mignot, profissionais em provas de longa duração, Endurance (resistência) , correram com um BMW 320i muito bem preparado, com spoiler e aerofólio um pouco exagerados que lembravam o 3.0 CSL que foi apelidado como "Batmóvel" pelo seus apetrechos aerodinâmicos . Chegaram em segundo lugar na categoria e nono na classificação geral. O artista americano Roy Lichtenstein decorou este carro para que o mesmo fizesse parte da Art Colection, a coleção de carros "artísticos" da BMW. São lindos e de muito bom gosto! Abaixo um modelo de corridas CSL (L, Leich de leve), pois tinha portas, capô e tampa do porta-malas em alumínio. Foram vendidas para homologação para uso civil. Além do emprego de alumínio tinha bancos mais finos, ausência de forração, e atrás, no lugar do vidro traseiros tinha Plexigas. Mas a maioria dos compradores do modelo de rua não quiseram colocá-lo nas pistas. Seu peso caia para 1.200 quilos.
Também: Hervé Poulain pediu ao amigo e artista Alexander Calder que pintasse seu BMW 3.0 CSL para correr em Le Mans em 1975. A empresa a BMW aproveitou para ter mais um modelo na sua Art Car Collection, que incluía um CSL pintado em 1976 por Frank Stella. Na coleção, havia até um BMW pincelado por Andy Warhol.
Ao todo foram 19 carros pintados por vários artistas de renome que estão no Museu BMW Mobile Tradition. Abaixo um BMW M3. Foram expostos em exposições itinerantes no Museu do Louvre em Paris, no Beaubourg também em Paris, no Museu Solomon R. Guggenheim em Nova Iorque, no Museu Autoworld de Bruxelas e no Concurso de Elegância em Villa d'Este do Lago Como na Itália
Ganhou seis vezes o Campeonato Europeu de Turismo, duas vitórias de classe em Le Mans e vários sucessos no campeonato americano IMSA (International Motor Sports Association). Correu tanto no Grupo IV FIA (Federação Internacional do Automóvel) quanto no Grupo V.
Beleza e muita velocidade
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Em Escala
E O BMW 525i ano 1991. Fez parte dos BMW Art Car é uma série composta de 19 carros da marca desde 1975. Foram pitados por artistas famosos contemporâneos
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O Sucessor
BMW 635 CSi série E24 fabricada entre 1976 e 1989.
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de divulgação, Salão Rétromobile e das Organizações Peter Auto publicadas neste site.
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