Robustez e Longevidade

A fábrica de automóveis mais antiga da Suécia, inaugurada em 1927 em Göteborg, por Assar Gabrielsson e Gustav Larson, sempre foi famosa por produzir automóveis robustos e seguros. Seus carros sempre foram muito resistentes a corrosão. Num país que neva bastante, isto é fundamental. Para retirar o gelo das estradas com maior facilidade, é usado o sal pelo fato deste ser higroscópico. Sendo assim a carroceria tem que passar por processos de proteção e pintura muito rigorosos. O que é norma na fábrica da Volvo.

O modelo PV444 lançado logo após a 2ª Grande Guerra Mundial fez sucesso na Europa e começou a bem sucedida carreira no continente americano. Este automóvel apesar de suas qualidades, afamado por ser um modelo familiar com características esportivas, envelheceu e no meio da década de 50 já não fazia tanto sucesso. Mas continuava em produção e foi muito eficiente em ralis na década de 50 e 60.

Sua produção começou em 1947 e foi apresentado em Estolcolmo, Capital da Suécia. Só foi lançado na versão cupê e foi o primeiro carro a ter cinto de segurança e para-brisa laminado (o vidro não estilhaça nem solta). Ganhou notoriedade pela robustez e ser fabricado com chapas de alta qualidade, pois suportava e neve e o sal que é espalhado nas rodovias e tem características higroscópicas que retém a neve. Tinha 4,37 metros comprimento, largura de 1,59 e entre-eixos de 2,6 metros. Seu peso era de 935 quilos.

Seu motor  dianteiro, longitudinal, tinha quatro cilindros em linha e 1.414 cm³ e potência de 51 cavalos. Os primeiros modelos tinham apenas 41 cavalos. Levava 25 segundos para ir de 0 à 100 km/h e sua final era de 128 km/h. Em 1958 chegava a versão 544 bem mais rápida. Tinha 1.582 cm³ e 85 cavalos a 5.500 rpm. Num motor mais trabalhado, em 1961, passava a ter 90 cavalos. Era o motor B16. Era alimentado por dois carburadores da marca SU. Uma evolução ao modelo anterior era que a caixa passava a ter quatro velocidades sincronizadas ao invés de três. Sua tração era traseira. Sua aceleração melhorava. Fazia de 0 a 100 km/h em 15 segundos e a velocidade máxima era de 155 km/h.

Em 1953 chegava a perua Duett. Era mais confortável que o sedã que também levava cinco passageiros com conforto. Atrás se banco rebatia e podia se transformar numa boa cama para dormir. Era muito confortável! Mesmo o cupê gozava de muito conforto.  A capacidade de carga era de 2,85 m² e sua carga útil era de 550 quilos. Tinha o mesmo motor do PV544, o B16. Foram produzidos 90.000 exemplares entre 1953 e 1969.

Seu painel era simples, mas atendia bem ao usuário. Tinha velocímetro graduado a 180 km/h, marcador de temperatura, nível do tanque e no centro o marcador de quilometragem. Sua alavanca de marchas ficava no assoalho. Nota-se o painel acolchoado. Mais uma preocupação com a segurança.

Sua suspensão dianteira era independente com triângulos superpostos. Tinha amortecedores telescópicos e molas helicoidais. Atrás tinha eixo rígido com braços longitudinais e amortecedores telescópicos. Seus quatro freios eram a tambor e seus pneus eram na medida 165/80 15. A direção não tinha assistência. Em 1964 os carros que competiam em ralis podiam ser equipados com freios a disco.

Suas evoluções na carroceria foram para-brisa maior inteiriço, traseiro idem e nova grade.Mas deixou seu legado e mostrou para o mundo a qualidade Volvo.

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De 1947 a 1965 foram produzidos 440.000 modelos. A perua Duett 210 foi até 1969. Foi fabricada uma versão conversível a partir do cupê em pequenas quantidades pela empresa sueca Valbo. Era atraente e menos austera que o cupê.

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Nas Pistas.

Ao volante do PV 444, o piloto Gunnar Andersson,  a conquistou o primeiro de seus dois títulos no Campeonato Europeu de Ralis no final de 1958. Ganhou também o Rali da Meia Noite (Midnattssolsrally) .Os pilotos Nils Fredrik Grøndahl e Arne Ingier ganharam o Rallye Vicking em 1957 et 1958.

Texto  e montagem Francis Castaings. Fotos Retroauto eFotos de divulgação.                                                               

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