Amigos por Antigos
Aconteceu no último domingo do mês de julho de 2018, o Encontro Amigos por Antigos na Praça Urupês, no bairro Renascença, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi um encontro de amigos que começou na manhã e entrou a tarde.
Contou com a presença de vários clubes, colecionadores de miniaturas e uma ótima banda de Rock & Roll. Tem tudo para se firmar como um ótimo encontro fixo da capital. Foi um encontro que reuniu várias marcas de carros mostrando um bom acervo da região.
Os carros da General Motors
Um Chevrolet Opala cupê 4100 ano 1973/1974 chegando ao encontro
Chevrolet Opala SS
Chevrolet Opala Caravan
Outro modelo 1978 também 4100 com teto Las Vegas já da segunda geração. Saiba mais sobre o Opala
Chevrolet Caravan Comodoro da terceira geração
Uma Caravan, modelo Diplomata, com decoração "Saia e Blusa"
Outra Caravan modelo Comodoro SL/E de 1989
O sucessor Chevrolet Omega
Outro belo modelo da GM. O sedã médio Opel Omega, da divisão alemã da General Motors, foi produzido entre 1986 e 2003. Ele substitui o Rekord que já estava em sua sétima geração. O nosso Chevrolet Opala foi o Rekord C fabricado lá na Europa entre 1966 e 1972. Era um carro muito confortável, surpreendeu os clientes da marca por sua ótima estabilidade, conforto, luxo e alto nível de acabamento.
A versão inicial chegou com o motor alemão 3.0 com seis cilindros em linha. Depois, como importante modificações, foi usado o 4100 do Opala também com seis cilindros em linha. O novo carro foi fabricado aqui, nos Estados Unidos como Cadillac Catera, na Inglaterra como Vauxhall Omega, na África do Sul como Chevrolet Omega e na Austrália desde 1997 como Holden Commodore com versões muito interessantes sendo qua as últimas nossas eram importadas de lá.
O motor com quatro cilindros em linha e 2,2 litros do nosso modelo era adequado ao carro. Na Inglaterra, a famosa Lotus criada pelo genial Engenheiro Colin Chapman fez uma verão especial radical. Era o Omega Lotus ou Vauxhall Lotus Carlton na Inglaterra. Tinha 2.969 cm³, era alimentado por dois turbos Garrett T25, 378 cavalos a 5.200 rpm, fazia de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos e tinha velocidade final de 284 km/h. Um míssil e simplesmente o sedã mais rápido do mundo. Hoje vale muito nos leilões! Abaixo a perua Suprema. Rara neste estado!
O Monza, como quase todos os Chevrolet no Brasil, são de origem Opel. Lá se chamava Ascona, brilhou em ralis na primeira e segunda geração principalmente. Aqui foi lançado na versão Hatch, duas portas sedã (abaixo) e quatro portas. Tinha versões com motor 1,6, 18 e 2,0 litros.
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Os carros da Volkswagen
Nosso primeiro veículo Volkswagen no Brasil foi utilitário Kombi. Saiba mais.
O Volkswagen Sedã
Um dos carros mais amados do Brasil. Lá fora foi chamado e ainda é de Carocha em Portugal, Escarabajo na Argentina, Cox ou Coccinelle na França, Magiolino na Itália e Beetle nos países de língua inglesa. Foi produzido em grande escala aqui, em seu país de origem Alemanha, onde era apelidado de Käfer, besouro em alemão, e também foi fabricado na Austrália, África do Sul e no México, último país a produzi-lo. Viva o Fusca! Foi fabricado aqui com motores 1.200, 1.300, 1.500 e 1.600 cm³. É de longe o motor mais utilizado no planeta. Em carros, barcos, ultra-leve, motocicletas, triciclos, etc. Foi lançado aqui no Brasil em 1959, fabricado em São Bernardo do Campo, São Paulo. Mas os primeiros, de origem alemã desembarcaram no porto de Santos, São Paulo em 1950. E caiu no gosto brasileiro!
Não lhe faltavam acessórios. Na década de 60 eram inúmeros, hoje estes acessórios são raros e alguns são novamente fabricados como bagageiros, faróis de milha, telas de vime que vão abaixo do painel, bisnagas de água para molhar o para-brisa, etc. Um dos modelos, o pé-de-boi, muito simplificado, lançado em 1965, assim como o modelo com teto solar de fábrica. Ambos renegados na época, mas hoje são raros e cobiçados. Em 1967 o motor 1.300 cm³ chegava e foi aplaudido por todos. O Fusquinha estava mais potente com 34 cavalos. E este tipo de para-choque tinha o apelido de "poleiro". E era útil em alguns casos! Já que a frente era mais leve, dois ou três adultos podiam levantar e deslocar o carro para um lado e outro. Em 1970 chegava o Fuscão com motor 1.500 cm³ e 44 cavalos. E vendeu muito bem! O painel podia ter revestimento imitando madeira. foi o carro mais vendido da década de 70, apesar do lançamento do Chevrolet Chevette, do Fiat 147, do irmão VW Brasília... Também nesta década, não faltaram rodas de liga de 13 e 14 polegadas mais largas, a famosa "tala larga" , com pneus radiais, escapamentos da marca Kadron, volantes de menor diâmetro e também eram rebaixados para ganhar mais estabilidade. A produção terminou em 1986. Só havia a opção com motor 1600 (o 1300 deixou de constar em 1984), vidros verdes, rodas com diâmetro de 14 polegadas...mas voltou em 1993 e por volta de 47.000 Fuscas foram produzidos até 1996.
Puma
O Puma GT-1600 e o Spider abaixo foram os esportivos fora de série de maior sucesso no Brasil. Conheça mais este felino
O Gol
Volkswagen Gol chegou com motor 1.300 cm³, arrefecido à ar, o mesmo bom e conhecido da família Volkswagen que por anos equipou a maioria d seus modelos. Só que no Volkswagen Gol ele era dianteiro e sua tração dianteira.
A ideia não era nova, já havia sido pensada, mas não aplicada na Alemanha. Era o projeto VW-Porsche EA266. Ainda existe um exemplar na matriz europeia, mas chegaram a fabricar 50 protótipos e alguns já estavam prontos no final da década de 60. A mecânica estava abaixo do banco traseiro e aqui no projeto BX foi colocada na dianteira. Não vingou lá, o presidente da VW Kurt Lotz pôs fim a este projeto afim de revolucionar a linha que começou com o Passat e logo depois o Golf que salvou a Volkswagen devido ao seu enorme sucesso. Kurt Lotz aproveitou todas as boas ideias e bons projetos da Audi e da NSU Motorenwerke. Ambas haviam sido absorvidas pela Volkswagen. O Projeto EA 276, já com motor dianteiro à ar e idealizado por Giorgetto Giugiaro também não vingou. Este estilista italiano foi o criador do Passat, Golf, Polo... O estilo foi baseado no Golf e no esportivo Scirocco das décadas de 70. Os motores a ar tiveram cilindradas de 1.300 e 1.600 cm³, mas foram substituídos a tempo pelo motor arrefecido à água já usado e aprovado no VW Passat.
O Gol, Voyage, Parati e Saveiro usaram motores 1.500, 1.600, 1.800 e 2.000. A versão 1000 16V também era muito atraente ainda mais na versão Turbo. Abaixo um GTI.
O Santana
O Volkswagen Santana chegou ao Brasil em 1984 para concorrer com o Chevrolet Opala, Chevrolet Monza, Ford Del Rey e depois enfrentou o Fiat Tempra. Era uma versão do Passat alemão com três volumes e depois veio a perua Quantum lá e aqui no Brasil. Na Alemanha era a segunda geração do Passat e na terceira geração o nome Santana deixou de ser usado e Quantum tornou a ser Variant. Todas as peruas da marca VW na Alemanha se chamam Variant até hoje.
Aqui também foi fabricada a versão com duas portas que não existiu lá. Era a época em que o Brasileiro achava que carro duas portas era mais seguro. O motor com 1.800 cm³ se mostrou-se fraco para o carro. Lógico que era um ótimo motor, mas o Santana era pesado! E logo foi colocado como opcional o de 2.000 cm³ que tornou sua aceleração mais vigorosa assim como a velocidade máxima. As primeiras versões foram a CS, CG e CD, Confort Silver, Gold e Diamond.
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Os carros da Ford
Um Ford modelo A com bastante saúde
Observe o motor V8 bem preparado.
Picape Ford F-series fabricada entre 1953 e 1956 nos Estados Unidos. É da segunda geração pós-guerra.
Picape Ford F-100 rara por sua caçamba longa e pelo motor e acessórios diversos
Impecável Ford LTD sempre presente nos bons encontros. Leia mais sobre a linha Galaxie, LTD e Landau
O Escort
O Ford Escort chegou ao Brasil em 1983. O nome Escort foi utilizado a primeira vez na versão perua do Ford Anglia . Sua primeira geração, já como modelo, nasceu em 1968, a segunda em 1974, ambas com tração traseira e fizeram enorme sucesso em ralis internacionais. A terceira na Europa, em 1980, idêntica a nossa, já com tração dianteira. Havia no Brasil o motor 1,4 e 1,6 litros. O motor CHT (Combustão em Alta Turbulência) foi elaborado por Luc de Ferran, engenheiro que trabalhava na Ford e pai do piloto Gil de Ferran. O XR-3 era o esportivo da linha. Havia também a versão conversível fabricada pela Karmann. Se distinguia dos outros modelos da linha na parte externa pelo aerofólio traseiro e spoiler dianteiro mais pronunciado. Nesta geração havia os filetes vermelhos.
O Jeep
A American Austin Car Company que depois passou a se chamar American Bantam fez o melhor projeto, mas este foi copiado pelos técnicos e engenheiros Ford e da Willys. Este soldado mundial serviu muito na guerra e ainda serva na paz. O Jeep até hoje é muito cultuado.
A Willys Overland do Brasil produziu aqui, o Jeep, seus derivados Rural e Picape Jeep, o sedã Aero Willys, o Itamaraty, o esportivo Interlagos e o pequeno Renault Dauphine/Gordini.
E a Picape Jeep militar
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Os carros da Fiat
O Fiat Tipo
O Tipo chegou ao Brasil importado em 1993 e logo venceu a concorrência por sua modernidade, conforto, versão duas e quatro portas, chegando a 4.000 unidades vendidas por mês. Um sucesso! O modelo 1.6 I.E era fraco, mas o 2.0 IE SLX agradava muito. A versão com dezesseis válvulas e 2.000 cm³ e 109 cavalos chegou no final de 1995, era um carro muito bom, mas a concorrência crescia e hoje existem poucos em bom estado rodando. Assim com a ascensão foi rápida a queda infelizmente foi conta dos problemas com os carros incendiados. Decretou seu fim, mas o interessante é que há um bom número ainda rodando e em bom estado.
A Fiat queria ser grande, já era, mas almejava um mercado mais amplo e tinha produtos para tal fim na Itália e por que não trazê-los para o Brasil? Em 1992 chegava o Fiat Tempra, um sedã muito moderno pronto para competir com o Chevrolet Opala no final de linha, o Ford Del Rey que também perdia fôlego e enfrentaria com vantagens o Volkswagen Santana e seu primo Ford Versalhes da Autolatina que já haviam sofrido reestilização. E fez sucesso! Era um carro médio, que pesava 1.180 quilos, quatro portas, motor transversal com quatro cilindros em linha, 2,0 litros, 105 cavalos, cambio manual de cinco marchas e como todos os carros da linha no Brasil e desde o modelo 128 da década de 60 lançado na Itália, tinha tração dianteira. Em 1992 chegava o modelo cupê, só existente aqui como o Santana duas portas e mesmo com a versão Turbo fez pouco sucesso e hoje são colecionáveis e raros sobreviventes. A versão Ouro trouxe o primeiro motor com cabeçote com dezesseis válvulas no país e em 1995 a injeção eletrônica chegava aos motores que alcançavam 120 cavalos e a versão Turbo, com duas ou quatro portas atingia 212 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em apenas 8,5 segundos . Era o carro mais veloz do Brasil em 1995. A versão perua, muito bonita, é muito rara nas ruas e era importada.
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Mercedes-Benz
Este é um Mercedes C da geração W202 que foi fabricado entre 1993 e 2000. Antes dele foi fabricado o modelo 190
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As miniaturas
Um grande colecionador da capital levou parte de seu acervo. Como sempre muito bom! Obrigado amigo!
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Os amigos
Um encontro de carros é nada mais que um ótimo encontro entre amigos!
Agradeço à Mauro Felipe pelo convite. Foi Ótimo!
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Picapes Chevrolet - Robustez que conquistou o Brasil
Caminhões FNM
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A História do Automóvel - Três volumes
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- Volume 1 - da pré-história a 1908
- Volume 2 - de 1908 a 1950
- Volume 3 - de 1950 aos dias atuais
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Texto, fotos e montagem: Francis Castaings
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