Spider a Italiana

Um ícone italiano longevo foi Fiat 124 Sport Spider. Brilhou nos ralis na década de 70. Foi apresentado no salão de Torino, Itália em 1966 e sua carroceria era construída e distribuída por Pininfarina. Tinha linhas muito bonitas e capota de lona. Não havia opção de teto rígido para as versões comuns, exceto para a Abarth.

Na década de 49, 50 e princípio da década de 60 os ingleses eram especialistas em Spiders como o Triumph, MG, Jaguar... mas em outros países souberam seguir bem a receita.

O Fiat 124 era um sedã de porte médio interessante e sobre sua base foi apresentado no salão de Torino em 1966 o Fiat 124 Spider e sua carroceria monobloco em aço estampado era construída por Pininfarina. Media 4,14 metros de comprimento, 1,61 de largura, entre-eixos de 2,28 e altura de 1,25. Seu peso era de 1.050 quilos.

Seu painel era muito completo em instrumentação. Velocímetro graduado até 200 km/h e conta-giros a 8.000 rpm com a zona vermelha começando a 7.000 rpm. Contava ainda com marcador de pressão do óleo, ao centro, a esquerda nível do tanque de combustível e a direita o marcador de temperatura do radiador/motor.

Ótimo acesso ao motor e ao porta mala cujo espaço era muito bom para um esportivo. Como acessório de época podia abrigar um pequeno bagageiro sobre a tampa traseira.

A traseira tinha desenho simples, mas harmoniosa e bonita.O abastecimento para o tanque de 45 litros ficava numa portinhola sobre o para-lama traseiro direito.

Era um carro para duas pessoas desfrutarem de muita esportividade. Seu comportamento dinâmico era ótimo ainda mais em estradas estreitas, montanhosas e com muitas curvas. Mostrava sua ótima estabilidade. Sua direção era firme e precisa.

Seu motor em 1966, quando do lançamento tinha quatro cilindros em linha, em posição longitudinal, 1.438 cm³ 90 cavalos e atingia 170 km/h. Sua caixa tinha quatro marchas. o comando de válvulas era cabeçote e este em liga leve. Era um motor muito  robusto. Em 1969 ganhava novo motor: 1.608 cm³, 110 cavalos, caixa com cinco marchas e velocidade final de 180 km/h. Seus freios eram a disco nas quatro rodas.  A suspensão dianteira era independente, com braços triangulares, amortecedores telescópicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Atrás tinha eixo rígido com molas helicoidais, barra estabilizadora transversal Panhard, e molas helicoidais.

O modelo de 1971.A partir de 1970 o logotipo Fiat saía do capô e ia para o centro da grade que tinha novo desenho, mais agressivo.

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Em 1972 tinha novo motor, desenhado pelo competente Aurelio Lampredi, tinha 1.592 cm³, 108 cavalos e velocidade máxima de 180 km/h. O cliente podia optar por caixa com quatro ou cinco velocidades. Outra opção para o Sport Spider era o 1.756 cm³ 118 cavalos e velocidade final de 185 km/h. Dispunha de caixa de cinco velocidades.

Em 1974 ganhava maior cilindrada, 1.756 cm³ com 85 cavalos e uma versão para o mercado americano com 1.995 cm³ e 103 cavalos. Tinha caixa automática como opcional.Por fora o capô ganhava ressaltos no centro aumentando a agressividade. As vendas para o mercado europeu eram boas, mas para o americano eram muito importantes. Entre 1974 e 1982 só houve comercialização do Spider nos Estados Unidos. E chegavam lá com para-choques maiores, para resistir até 8 km/h sem deformação, para atender as regras americanas de circulação de veículos. Todos os europeus sem exceção ficavam um pouco bizarros. As mesmas regras serviam para o MGB, Jaguar E-Type, Opel GT, Porsche 914, Triunph Spitfire entre outros.

O modelo fabricado entre 1982 e 1985 chamava-se Supereuropa. Seu motor com injeção eletrônica Bosch tinha 1.995 cm³ 135 cavalos e velocidade final de 180 Km/h. Também nesta fase entrava na gama o Supereuropa Volumex com compressor volumétrico, mesma cilindrada de 1.995 cm³, mas com 135 cavalos que o levavam a ótimo 195 km/h. Só era destinado ao mercado europeu.

Abaixo um modelo distinto com as famosas rodas Cromodora que equipariam também a versão Abarth

O prazer de dirigir é muito bom. Foram vendidos cerca de 200.000 exemplares incluindo o mercado americano e europeu.

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O 124

Chamado aqui de Lada Laika e fabricado na Rússia na cidade de Togliatti ( Homenagem ao comunista italiano Palmiro Togliatti) este simpático sedã era idêntico ao Fiat 125, fabricado na Itália entre 1967 e 1972, Fiat 1600 na Argentina e Polski Fiat 125p na Polônia. Raro neste belo estado! E um bom carro. O modelo Samara e Niva receberam caixa Porsche e correram o Paris-Dakar na década de 80 e 90.

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O Abarth

É a joia da linha 124 Spider. Sua carroceria tinha teto rígido com arco de proteção. O capô, a tampa do porta-malas e para-lamas eram em plástico reforçado com fibra de vidro. As portas em alumínio. Seu peso era de 940 quilos. Na frente o destaque ficavam por conta dos grandes faróis da marca Marchal.Por dentro recebia bancos da marca Recaro e volante esportivo com três raios de diâmetro menor também painel com acabamento mais rústico, mas com muita instrumentação. A ergonomia era ótima.

Não tinha para-choques, apenas borrachões  para proteção frontal. Era oferecido apenas nas cores branca,  vermelha e azul claro. Foi primeiro homologado para o Grupo 4 da Fia e concorria com o Alpine A-110 e Lancia Fulvia HF só para citar alguns> Após 1.000 exemplares foi também admitido para o Grupo 3 FIA e enfrentava o Porsche 911.

Seu motor mais potente tinha 1.756 cm³, 128 cavalos a 6.000 rpm, dois carburadores de duplo corpo Weber, fazia de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e atingia 190 km/h. Atingia os primeiros 1.000 metros em 33 segundos. Tinha dois comandos de  válvulas no cabeçote e dois carburadores Weber . Usava pneus 185/70 VR 13 Pirelli CN 36 em rodas na medida 5.5 J × 13, sua suspensão traseira era independente e tinha diferencial autoblocante. Recebia também a denominação Abarth Rally ou CSA (Civilian Stradale Abarth) 

Obteve por dois anos seguidos a vitória geral no Rali Tap Portugal. Em 1975, um CSA, venceu o Campeonato Italiano de Rali, E a dupla Maurizio Verini/Francesco Rossetti faturou o Campeonato Europeu. No Mundial de Rali, a Fiat ficou em segundo lugar entre os construtores.

Leia a história da obra de Carlo Abarth.


Texto fotos e montagem Francis Castaings.

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